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terça-feira, 25 de outubro de 2011

O outro

Essa tese não é minha. Não sei de quem é, me foi contada por aí, por várias pessoas, portanto é impossível creditá-la a quem de direito. Mas, repito, não fui eu quem bolou essa tese, não quero roubar o crédito de ninguém. Mas, como acho a tese genial, replico ela aqui para quem quiser ler.
A chegada do segundo filho é sempre uma encrenca. Por mais que o primeiro filho queira um irmão, que ele diga com todas as letras que está achando o máximo a chegada deste irmão, lá no fundo ele vive um enorme conflito que um adulto é incapaz de compreender. Mas, talvez a comparação mais aproximada seja essa.

Imagine que você se casou tem coisa de 3 anos. Se até agora seu marido chegava em casa todo cheio de energia para te contar tudo do dia dele e ainda te encher de mil carinhos o tempo todo. Agora você já não é mais novidade, a casa já caiu na rotina e tem dias que o marido está morto de cansado e simplesmente não tem energia para te encher de carinhos mil o tempo todo. E ele acha isso normal, afinal, já se criou uma zona de conforto onde você sabe que ele te ama, mesmo sem tudo isso, e vice-versa.
Do nada ele começa a se empolgar com a montagem de um novo quarto. Compra lindas roupas novas, que não são para você. E, então, senta e te explica.
"Sabe, amor, é que eu decidi trazer uma outra mulher aqui para casa. Ela é mais nova e muito bonitinha. Faz gracinhas várias e você vai adorar brincar com ela. Vai ter noites, meu amor, que não vou conseguir te dar muita atenção porque ela vai chorar e preciso ficar com ela. Afinal, ela ainda é muito novinha e não entende como você. Ahhh, e vai ter dias que vai ser assim também.
No início, espero que você não se chateie com isso, não vamos poder fazer muitos programas de sair o tempo todo, porque a nova mulher ainda não está habituada a ir para a rua. E depois ela sempre vai nos acompanhar nos nossos programas... é, aqueles programas só de nós dois, serão agora de nós três. Mas, fica tranquila, porque você vai gostar de ter alguém com quem conversar!
Outra coisa é que ela vai querer ser tua melhor amiga e te imitar em tudo, então espero que você não se incomode de dividir tudo que é seu com ela. Inclusive tuas roupas favoritas!
E, olha, não fique preocupada, pode tirar essa ruguinha da testa, eu vou continuar te amando como eu te amava, e vou amá-la igualzinho eu amo você. Prometo que não farei diferença no amor que eu sinto pelas duas, tá?"
E assim, depois do teu marido passar 9 meses só falando nisso, com todo mundo só perguntando sobre isso, inclusive para você, e depois de uns 3 meses onde seu marido está tão gordo que mal consegue te pegar no colo e sentar no chão para brincar com você, lá vem ela certa manhã. Toda cheirosinha, mas sendo capaz dos mais fedorentos atos escatológicos. E todo mundo acha lindo. Os teus atos escatológicos já foram , há tempos, reduzidos a "ecas" a serem trancafiados no banheiro, os dela vêm seguidos de "que fofinha, que graça!
Ela chega e decide não deixar ninguém na casa dormir de noite porque só quer saber de chorar ou brincar falando alto noite adentro, enquanto você, tem muito tempo, leva broncas se, depois da luz apagada, resolve ficar acordada.
Ela vai quebrar coisas (inclusive as tuas) e ninguém vai falar nada, mas você continuará levando altas broncas por botar a mão naquilo que não te pertence!

É... essa onda de irmão é legal, né?
É importante ter muita compreensão nessa fase, não é esse mar de rosas que pode parecer, viu!

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