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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O primeiro passeio a gente nunca esquece

Hoje foi o primeiro passeio da Alice com a turminha da escola. Quando fui comunicada do passeio, como toda mãe de primeira viagem, estremeci! Como assim??? Minha filhinha, meu bebê, pelas ruas, sem eu ter total controle sobre onde ela está???
O marido teve a mesma reação. Mas, como sabemos que esse choque haveria de vir um dia, achamos por bem não adiar! (Tá, o fato da minha tia ser a coordenadora da escola da Alice e ir no passeio, dentro do mesmo ônibus, ajudou muito... mas, abafa o caso, né?)
E, assim, chegou o dia. Na véspera deixei tudo pronto. Checklist de itens a serem colocados na mochila conferido 3 vezes, fui dormir, tensa!
Acordei cedo, preparei a baixinha e lá fomos nós. Me despedi dela e fui para a esquina da escola, esperar o ônibus sair. Fiquei ali, que nem uma idiota, escondida atrás do poste para não ter risco dela me ver ao passar para embarcar no ônibus. Achei que logo viria um policial me prender porque, logicamente, alguma mãe mais neurótica do que eu iria chamar a polícia porque tinha uma pessoa suspeita, na espreita das crianças da escola!
E, ela embarcou, feliz e sorridente, achando tudo aquilo o máximo! O ônibus foi embora e eu fiquei ali, com o coração apertadinho. Não teve jeito, tive que ir para casa!
Cheguei em casa e me ocupei com o que geralmente me ocupo de manhã, quando ela está na escola. Coisas de dona de casa mesmo. E, foi então que bateu a hora em que eu geralmente saio para buscá-la na escola e, MEU DEUS, não tinha nada para fazer!!!!
Eu sempre reclamo que não dá tempo de fazer tudo o que eu preciso e, derrepente, ali estava eu, com todo aquele tempo nas mãos. Fiquei perdida. Mais parecia uma escrava com sua recém adquirida carta de alforria, saindo da senzala pela primeira vez... o que fazer com todo aquele tempo que era SÓ MEU?
E, fui me ocupar, segurando a vontade LOUCA de telefonar dez mil vezes para a minha tia, só para me certificar que tudo estava correndo bem (e que ela estava morrendo de saudades de mim). E o tempo passou, se arrastou, como uma lerda tartaruga com o pé quebrado, o tempo mal andou!
Mas descobri uma coisa importante: ela se diverte longe de mim e nem lembra que sente tanta saudade, até voltar!
Minha bebê está crescendo... para esse ônibus porque eu quero descer!

ps 1 - ela ainda não voltou, mas, é lógico, que eu telefonei para a minha tia logo antes de escrever esse texto e tive o relato de que já estavam no ônibus voltando e que ela estava muito bem obrigada!!!
ps 2 - a foto não foi tirada por mim, mas por uma mãe tão neurótica quanto eu, porém um tanto menos envergonhada disso!rs

Um comentário:

  1. Amiga, se eu andei me assustando com o fato de que a sua filha já não é mais um bebê, imagino como vc tenha ficado com essa idéia de passeio com a escola...!
    Mas sabe o que é mais legal de vc guardar as suas aflições no bolso e encorajar a sua pequena a ir em frente?? Tenho certeza de que vc (e o Diler, óbvio) está fazendo o melhor possível para criarem uma pessoa linda, forte, segura, destemida! E sei que a Alice ainda vai te dar uma lista de preocupações, mas eu sempre vou poder te dizer pra confiar no que vc ensinou pra ela desde pitoquinha!
    Já falei que quando vierem a Rafaela, a Julia ou o Pedro eu vou torcer pra saber fazer que nem vc!!!!
    Top orgulho, da mãe incentivadora (apesar de apavorada!) e da filhota dona do próprio nariz aos 2 anos de idade!
    Mil beijos!

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