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terça-feira, 31 de agosto de 2010

Um tapinha dói sim


Vocês lembram da lei que proíbe que os pais batam em seus filhos? Pois é, é bem recente, e quando ela entrou em pauta lembro de ter visto na primeira página da Folha de São Paulo que 70% dos brasileiros são contra ela. Afinal, o filho é meu, a casa é minha e eu faço o que eu quiser, não é mesmo?
Não, não é não.
Muitas pessoas foram educadas levando palmadas do pai ou da mãe, e crescem achando que foram merecidas, e que bater é uma maneira de educar. Eu sinto que realmente falta muita reflexão sobre este tema, que é visto como algo banal, normal. Quando a gente educa, usando elogios + estímulos ou castigos + consequências, a criança aprende a reconhecer o comportamento que foi errado, e tenta superá-lo. Quando a gente bate, a gente só está ensinando uma coisa: que a violência é uma possibilidade de resposta a algo que não gostamos. Você magoa a criança ao bater nela, mas não educa, de fato.
E pra mim não há distinção entre dar uma palmadinha e de fato bater: são dois lados da mesma moeda e, repito, só servem para ensinar que a violência física é um recurso possível e permitido.
Para quem se interessa pelo tema, indico o livro "Eduque com carinho", da Psicóloga Lidia Weber, da UFPR. Apesar de pouco divulgado, por ser de uma editora pequena, é um livro que de fato fornece passos para uma educação de qualidade, auxiliando os pais.
Má.

2 comentários:

  1. Má,
    Obrigada pela sugestão do livro!
    Nunca é demais trazermos esse assunto para discussão.
    Beijos,
    Vanessa

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