BlogBlogs.Com.Br

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

E que venha o Natal...

Ainda estou tentando descobrir em que momento a Sophia, aquele neném fofo se transformou em uma mini criança ainda fofa só que consumista.
Não chegamos naquele grau onde a criança se joga no meio do mercado pedindo pra comprar qualquer coisa que obviamente não precisa.
A moda da pequena consumista é acordar já pedindo * Manu cópi * (SAP: Vamos no Shopping).
Um pequeno exemplo, de quem com 3 anos ainda não fala direito, mas sabe bem o que quer....
Graças a Lolla (do desenho Charlie e Lolla) que às vezes trabalha lá em casa como babá, ela descobriu o Papai * Noiél * (SAP: Noel)...
Nunca quis incentivar, mas é inevitável, e não vou negar que estou até gostando de ter o Bom Velhinho como aliado...(e ele vai ter que rebolar para atender a todos os pedidos dessa menina boazinha aqui...)
Porque na hora que começa a lista de compras básicas urgentes da Sophia aqui em casa que sempre começam com um sonoro * Compa Mamãe! Tiavô-a-mi, tiavô! * (SAP: Compra Mamãe! Por favor pra mim, por favor!) e terminam sempre com bolsa, sapato, vestido, mochila...e que às vezes inclui alguns pedidos do tipo compra o sol pra mim, e compra um nenénzinho pequenininho (aff)...A-Super-Cartinha-do-Papai-Noel-Amigo-das-Mães-E-Aliado-Inseparável é acionada...
Levando em consideração que ela mesma escreve e que se 10 min depois eu pedir pra ela ler o que escreveu ela não vai lembrar....kkkk....Tá valendo...
Acho que não vai funcionar daqui uns anos, e se continuar nesse ritmo estará sendo criada uma monstrinha adolescente...tô perdida!
Como faz falta eles não terem um manual...
XOXO

2 comentários:

  1. Tatty, querida, vc por aqui? Agora esse blog ficou melhor ainda!!!!
    Bjks.
    Bete

    ResponderExcluir
  2. Olá, quem escreve é Raquel, acabo de conhecer o blog e gostaria de comentar a história de Tatty. Tenho uma menina da mesma idade e também acho deliciosas todas as gracinhas dela – mesmo as que não deveria achar. Quando falou palavrão pela primeira vez, não contive a gargalhada. Péssimo, eu sei. Mas, essas criaturinhas são irresistíveis... Assim, entendo perfeitamente a mãe que se encanta com a pequena pedindo para ir ao shopping ou pra comprar coisas novas. Well, nós gostamos de fazer compras, certo? E quando algo estraga, dizemos que precisamos comprar um novo. Nosso mundo é o do consumo, e nada mais lógico que as crianças entrem naturalmente nesse mundo. Mas é isso que a gente quer? Os recursos da Terra estão se esgotando, o ar, os solo e os mares estão poluídos, logo todos sentirão a escassez da água doce... Nosso way of life é incompatível com a saúde do planeta: precisamos com urgência preparar o cidadão de amanhã com isso em mente. Aos três anos, a criança pode aprender que “estragou, vamos consertar”, “você quer esse brinquedo, tudo bem, mas que tal brincar antes com os que ganhou de aniversario?”, “quer passear no shopping, vamos, mas antes aproveite o sol e brinque com a areia”. Enfim, os pequenos estão prontos a aceitar o mundo que oferecermos. Se o nosso exemplo é “compro, logo existo”, para eles esse também será o ideal de felicidade. Acho shopping super prático, fico louca na seção de roupas infantis, mas procuro segurar a onda e, principalmente, evitar o descartável, o que foi feito para não durar. (vide o filme A Historia das Coisas, no YouTube.) E, na medida do possível, fazer da natureza o grande espaço de brincadeiras. Posso ser chata mais um pouquinho? Bacana usar o bom velhinho para postergar os “eu quero” das crianças, mas é bom tomar cuidado para não fazer do Natal o dia supremo do consumo. Afinal, esse dia pode inspirar outras referências aos pequenos: fraternidade, solidariedade e por ai vai.
    Raquel Ribeiro

    ResponderExcluir